Mobilidade urbana em alerta
Campinas se mobiliza para garantir a mobilidade urbana diante da possível paralisação dos motoristas de ônibus. A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) traçou um plano de contingência robusto que inclui medidas legais e operacionais para minimizar os impactos de uma eventual greve na próxima segunda-feira, 16 de junho.
Uma liminar judicial já estabeleceu regras rígidas para o movimento, determinando que pelo menos 70% da frota deve circular nos horários de pico e 40% nos demais períodos. O descumprimento dessa ordem resultará em multas significativas: R$ 1 mil por motorista parado e R$ 10 mil para o sindicato caso haja impedimento de trabalhadores ou coação de colegas.
"Nós respeitamos o direito de mobilização dos motoristas. Mas não podemos deixar que o usuário seja prejudicado, ainda mais no seu deslocamento para o trabalho", afirma Vinicius Riverete, presidente da Emdec, destacando o compromisso de manter o transporte público funcionando.
A operação especial, denominada PAESE (Plano de Apoio entre Empresas de Transporte frente às Situações de Emergência), será acionada caso o movimento se confirme. O plano prevê a utilização de veículos do sistema de transporte alternativo para suprir a possível ausência dos ônibus convencionais.
O histórico recente demonstra a necessidade dessas medidas. Na última sexta-feira, 13 de junho, motoristas das concessionárias Onicamp, VB1, VB3 e Campibus, que operam 161 linhas municipais, atrasaram em duas horas a saída dos ônibus das garagens em protesto por questões salariais. Na ocasião, a Emdec já havia mobilizado 23 ônibus e agentes de mobilidade urbana para minimizar os transtornos.
Agentes serão novamente deslocados para os principais terminais da cidade, com o objetivo de orientar a população e garantir o máximo de fluidez possível no transporte público. A estratégia combina rigor legal, planejamento operacional e compromisso com o direito de ir e vir dos cidadãos.
Para os usuários, a recomendação é manter-se informado através dos canais oficiais da Emdec, planejar rotas alternativas e estar preparado para possíveis alterações na circulação dos ônibus.
A tensão entre trabalhadores e empresa segue em aberto, com negociações em andamento para resolver os impasses relacionados às demandas salariais da categoria.
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A situação reforça a complexidade das relações trabalhistas no transporte público e o desafio de equilibrar os direitos dos trabalhadores com a necessidade de manutenção de um serviço essencial para a população.